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Saturday, September 19, 2020

Colorir para Quem Não Consegue Dormir 1/20

Não sabia exatamente que título dar a esta série de publicações sobre a arte de colorir - sim, porque colorir não é só preencher uma área com uma cor - e resolvi roubar parte do título do livro de Sarah Jane Arnold, Diário de Colorir para Quem Não Consegue Dormir. Devo dizer em minha defesa que: primeiro, rima; segundo, não tive nenhuma ideia original para o título; terceiro, já fui plagiada tantas vezes que deve ser a minha vez de me apropriar de palavras que não são minhas. Sarah Jane, tal como me disseram a mim quando me queixei de plágio, considera isto uma homenagem!

Como já voaram 5 anos sobre as nossas cabeças desde a última vez que me interessei por arteterapia, fui ao site da Johanna Basford ver as novidades e procurar downloads gratuitos. Há uma parte chamada Happy Place (aqui) com 29 pdf's gratuitos:

  • onde está disponível a coruja do Secret Garden num formato maior, mas para imprimir em paisagem A4 fica reduzido, por isso prefiro o download anterior;
  • escolhi a Inky Butterfly do Ivy & Inky Butterfly que estou a planear pintar em dourados e, se ficar bem, vou tentar imprimir numa folha especial de desenho e refazer o colorido. Tenho grandes planos! Que provavelmente vão falhar, mas o que importa e tentar; 
  • também gostei dos 30 Days of Flowers do World of Flowers, mas recomendo ver aqui, pois em Março, a Johanna Basford lançou o desafio das #30daysofflowers. 'Ah, mas foi em Março!' E depois? O que interessa é fazer, desde que se faça!

Como afinal isto de trata de arteterapia, para ajudar durante o confinamento do Covid-19 em Abril, a Johanna Basford disponibilizou um e-book de 14 páginas, Flourish (aqui). Adorei os passarinhos da página 6, um para cada estação do ano que tenciono fazer em aguarelas; não sei se gosto do padrão de flores da página 7; e achei muita graça à página 8. Imprimi estas páginas em A4 normal, porque se quero pintar em aguarela, tenho de os passar para os blocos de aguarelas. Grandes projetos! Vou tentar não estragar tudo e, pelo menos, fazer UM trabalho bem feito! 


Material: Lápis de cor, ora! Oh, se fosse assim tão fácil! Esta é a série que menos dinheiro custa se não se quiser fazer trabalhos muito elaborados. Basta um conjunto de lápis de cor que tenha sobrado da escola, um bom afia-lápis, um livro de colorir e barata é a festa! 

Eu ainda tenho o que resta de uma caixa de 12 lápis de cor Giotto Naturale. Eu já não tenho a caixa, que entretanto se desfez, mas sei que estes foram feitos em Itália. A mina é muito suave, o pigmento é intenso e o único defeito é que a mina parte com alguma facilidade. Como o pigmento é intenso, eu tenho alguma dificuldade em fazer degradés ou sobreposição de cores, por isso uso-os para pintar o livro Jardins, uma vez que os desenhos não dão para grandes trabalhos coloridos. Não me lembro de ter tido lápis tão fáceis de usar como estes e, quando precisei de mais cores de lápis para fazer as atividades de um caderno criativo (aqui), optei por comprar uma caixa de 24 lápis de cor Giotto Stilnovo (€6.29 na Fnac). Não, não reparei na diferença entre Naturale e Stilnovo e por isso comprei confiante que era a mesma coisa. Não é: já apanhei algumas impurezas na mina e não são feitos em Itália coisa nenhuma! Se fosse hoje, claro que comprava algo melhor por mais €2 a €4, mas agora uso o que tenho! A não ser que venha a descobrir que o meu talento nato são os lápis de cor e decida fazer um upgrade do material.

Como começar: 'Como assim, como começar? Então não é abrir o livro, escolher uma página, pegar num lápis e começar a preencher de cor?' Não! Claro que não! Uma vida inteira a pintar acaba de ir pelo cano do esgoto abaixo, assim, num pestanejar! Óbvio que, enquanto somos pequenos, colorir é apenas preencher uma determinada área com uma cor, mas depois crescemos e connosco cresce a noção de que nada é assim tão simples como parece. Há degradés, tonalidades, brilhos, sombras, uma série de detalhes que devem ser descobertos e usados para tornar as pinturas mais realistas. 'Mas é para ser realista ou para ser antisstress?' Acho que dá para ser as duas coisas ao mesmo tempo, ou então eu estou a desenvolver uma obsessão pela perfeição à conta disto!

Na minha primeira aula de natação - e eu nunca aprendi a nadar! - estávamos sentados no bordo da piscina à espera do professor. Quando este chegou, começou a empurrar-nos para dentro da água. Na minha vez, eu avisei que não sabia nadar, mas levei o empurrão na mesma e não foi nada agradável. Até hoje evito saltar de cabeça no que quer que seja, porque não gosto de engolir um litro de água enquanto tento manter a cabeça à tona, por isso vou começar por este vídeo do canal Magia da Cor:  

Numa tradicional folha de 'papel cavalinho' (120g) - vou usar uma de um bloco escolar que comprei na reprografia por €1, mas prefiro da Canson porque sei que o ph é neutro, sem ácido e com tratamento - tracei os círculos usando uma fita adesiva (sejamos práticos!) com um lápis 1B e segui as orientações do vídeo. Depois fiz as minhas próprias experiências. O resultado? Voilá! 

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