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Saturday, September 26, 2020

Colorir para Quem Não Consegue Dormir 2/20

Olá pêssoau, tudo bom? Ando a ver muitos vídeos do Magia da Cor, não ando? Pois ando. A culpa é da televisão que não tem passado as séries que eu ando a seguir, e então fico a ver vídeos atrás de vídeos no YouTube. Mas hoje decidi fazer um exercício do canal Pafiadache (aqui). É um canal brasileiro sobre pintura de livros de colorir, onde fazem lives e têm um clube com extras para os seus membros. Os lives que estão disponíveis ultrapassam 1h de duração, mas eu garanto que não se dá conta do tempo passar! Quando vi, pensei que eram muito longos e que não ia assistir ao vídeo todo, mas enganei-me completamente: já vi alguns lives inteirinhos e quando acabam, quero mais! Vou voltar a este canal mais vezes, mas por agora escolhi este vídeo mais curto que é o indicado para começar.   

O que é um degradé? É uma modification progressive d'une couleur, d'une lumière. Às vezes, o francês soa bem! Só às vezes! Fazer um degradé com lápis de cor não parece complicado e é o mesmo processo usado com grafite para fazer os pontos de luz e sombra.  

Material: Uma tradicional folha de 'papel cavalinho' (120g), lápis de cor Giotto Stilnovo, lápis 1B, régua e marcador preto. 

Como começar: Traçar seis retângulos para os degradés e dois retângulos para as pinturas. Eu optei por fazer os degradés com uma, duas e três cores dentro do mesmo tom na primeira coluna, mas na segunda usei cores diferentes. Para as pinturas, segui os exemplos de paisagem de dia e paisagem de noite, mas fiz silhuetas diferentes, mais ao meu gosto. Resultado:

[falta tirar a foto e inserir imagem aqui. estou atrasada!]

Nota final: Se alguém quiser apenas se dedicar à pintura de livros de colorir e o quiser fazer em comunidade, o clube Pafiadache parece-me o indicado. Eu cliquei no 'Aderir' no YouTube para ver o preço e, para Portugal, fica €5.99 por mês. Do que tenho visto no YouTube e no Instagram (aqui), vale mesmo a pena! Só não vou aderir, porque estou a pagar quase o mesmo valor pelo curso de línguas e ainda tenho o de teatro para terminar este ano; já sei que não consigo acompanhar tudo ao mesmo tempo!  

Saturday, September 19, 2020

Colorir para Quem Não Consegue Dormir 1/20

Não sabia exatamente que título dar a esta série de publicações sobre a arte de colorir - sim, porque colorir não é só preencher uma área com uma cor - e resolvi roubar parte do título do livro de Sarah Jane Arnold, Diário de Colorir para Quem Não Consegue Dormir. Devo dizer em minha defesa que: primeiro, rima; segundo, não tive nenhuma ideia original para o título; terceiro, já fui plagiada tantas vezes que deve ser a minha vez de me apropriar de palavras que não são minhas. Sarah Jane, tal como me disseram a mim quando me queixei de plágio, considera isto uma homenagem!

Como já voaram 5 anos sobre as nossas cabeças desde a última vez que me interessei por arteterapia, fui ao site da Johanna Basford ver as novidades e procurar downloads gratuitos. Há uma parte chamada Happy Place (aqui) com 29 pdf's gratuitos:

  • onde está disponível a coruja do Secret Garden num formato maior, mas para imprimir em paisagem A4 fica reduzido, por isso prefiro o download anterior;
  • escolhi a Inky Butterfly do Ivy & Inky Butterfly que estou a planear pintar em dourados e, se ficar bem, vou tentar imprimir numa folha especial de desenho e refazer o colorido. Tenho grandes planos! Que provavelmente vão falhar, mas o que importa e tentar; 
  • também gostei dos 30 Days of Flowers do World of Flowers, mas recomendo ver aqui, pois em Março, a Johanna Basford lançou o desafio das #30daysofflowers. 'Ah, mas foi em Março!' E depois? O que interessa é fazer, desde que se faça!

Como afinal isto de trata de arteterapia, para ajudar durante o confinamento do Covid-19 em Abril, a Johanna Basford disponibilizou um e-book de 14 páginas, Flourish (aqui). Adorei os passarinhos da página 6, um para cada estação do ano que tenciono fazer em aguarelas; não sei se gosto do padrão de flores da página 7; e achei muita graça à página 8. Imprimi estas páginas em A4 normal, porque se quero pintar em aguarela, tenho de os passar para os blocos de aguarelas. Grandes projetos! Vou tentar não estragar tudo e, pelo menos, fazer UM trabalho bem feito! 


Material: Lápis de cor, ora! Oh, se fosse assim tão fácil! Esta é a série que menos dinheiro custa se não se quiser fazer trabalhos muito elaborados. Basta um conjunto de lápis de cor que tenha sobrado da escola, um bom afia-lápis, um livro de colorir e barata é a festa! 

Eu ainda tenho o que resta de uma caixa de 12 lápis de cor Giotto Naturale. Eu já não tenho a caixa, que entretanto se desfez, mas sei que estes foram feitos em Itália. A mina é muito suave, o pigmento é intenso e o único defeito é que a mina parte com alguma facilidade. Como o pigmento é intenso, eu tenho alguma dificuldade em fazer degradés ou sobreposição de cores, por isso uso-os para pintar o livro Jardins, uma vez que os desenhos não dão para grandes trabalhos coloridos. Não me lembro de ter tido lápis tão fáceis de usar como estes e, quando precisei de mais cores de lápis para fazer as atividades de um caderno criativo (aqui), optei por comprar uma caixa de 24 lápis de cor Giotto Stilnovo (€6.29 na Fnac). Não, não reparei na diferença entre Naturale e Stilnovo e por isso comprei confiante que era a mesma coisa. Não é: já apanhei algumas impurezas na mina e não são feitos em Itália coisa nenhuma! Se fosse hoje, claro que comprava algo melhor por mais €2 a €4, mas agora uso o que tenho! A não ser que venha a descobrir que o meu talento nato são os lápis de cor e decida fazer um upgrade do material.

Como começar: 'Como assim, como começar? Então não é abrir o livro, escolher uma página, pegar num lápis e começar a preencher de cor?' Não! Claro que não! Uma vida inteira a pintar acaba de ir pelo cano do esgoto abaixo, assim, num pestanejar! Óbvio que, enquanto somos pequenos, colorir é apenas preencher uma determinada área com uma cor, mas depois crescemos e connosco cresce a noção de que nada é assim tão simples como parece. Há degradés, tonalidades, brilhos, sombras, uma série de detalhes que devem ser descobertos e usados para tornar as pinturas mais realistas. 'Mas é para ser realista ou para ser antisstress?' Acho que dá para ser as duas coisas ao mesmo tempo, ou então eu estou a desenvolver uma obsessão pela perfeição à conta disto!

Na minha primeira aula de natação - e eu nunca aprendi a nadar! - estávamos sentados no bordo da piscina à espera do professor. Quando este chegou, começou a empurrar-nos para dentro da água. Na minha vez, eu avisei que não sabia nadar, mas levei o empurrão na mesma e não foi nada agradável. Até hoje evito saltar de cabeça no que quer que seja, porque não gosto de engolir um litro de água enquanto tento manter a cabeça à tona, por isso vou começar por este vídeo do canal Magia da Cor:  

Numa tradicional folha de 'papel cavalinho' (120g) - vou usar uma de um bloco escolar que comprei na reprografia por €1, mas prefiro da Canson porque sei que o ph é neutro, sem ácido e com tratamento - tracei os círculos usando uma fita adesiva (sejamos práticos!) com um lápis 1B e segui as orientações do vídeo. Depois fiz as minhas próprias experiências. O resultado? Voilá! 

[inserir imagem colorir_1.2]

Saturday, September 12, 2020

Biblioteca: Arte-Terapia Anti-Stress Jardins - 100 Imagens para Colorir

Vou inaugurar uma nova rubrica: Biblioteca. Obviamente, todos os livros estarão relacionados com arte, porque isto não é um blog de literatura: é um blog do que me der na cabeça.
  
Não me perguntem porque sempre gostei de colorir livros. Sou viciada em livros de colorir desde que sou capaz de segurar um lápis. Pintei paredes, mesas, sofás, bases de copos e, obviamente, livros, mas confesso que papel de parede era o meu material para colorir favorito. 
Sempre gostei de o fazer, mesmo quando já era bastante crescida e só encontrava à venda livros bastante infantis, mas eu podia acrescentar detalhes aos desenhos, transformando-os no que eu quisesse! Este processo de criação divertia-me, por isso não fiquei muito entusiasmada quando surgiram os primeiros livros de colorir para adultos. De repente, o que eu encarava como um processo de criação passou a ser um exercício de descontração e, confesso, eu nunca tinha percebido que o que resultava deste processo criativo era uma mera e singela descontração.

Em Abril de 2015 comprei este livro na Wook. Na altura, os livros de terapia disponíveis - e que não estavam a preços exorbitantes! - eram poucos. Já circulavam os da Johanna Basford, mas, por alguma razão que agora não me lembro, não os encontrei à venda. Não fiquei fascinada com os desenhos deste livro; na verdade, até fiquei um pouco desiludida. Não há uma única página que me dê uma vontade incontrolável de pegar nos lápis, embora algumas páginas pareçam papel de parede! Como o objetivo é arteterapia e antisstress, presumo que sejam próprios para relaxar. Como é que funcionam? 




Arte-Terapia Anti-Stress Jardins - 100 Imagens para Colorir de Ana Bjezancevic. Editorial Presença, 2014 (128 páginas), €10.90 (em 04/2015)

Não faço ideia. Tentei encontrar alguns textos que explicassem, com base científica, os benefícios da arteterapia, mais concretamente da atividade de colorir, mas achei-os tão aborrecidos e chatos - principalmente quando referem Jung e as mandalas - que desisti de os ler.

A primeira coisa que reparei foi na complexidade do desenho: é provável que esta complexidade seja o meio de libertar o stress, o meio de desligar a nossa complexidade do dia a dia dando-nos uma outra complexidade para a mente se entreter. O que é certo, e é por isso que pintamos livros em crianças, pintar um desenho ativa a nossa coordenação e orientação, assim como a concentração. As cores ajudam a criar harmonia nos momentos em que se está a pintar, desenvolve a criatividade e dá-nos motivação, porque afinal queremos concluir a pintura. Sem esquecer que ao colorir um desenho, temos tendência para usar a lógica e a criatividade, o que ativa os os dois lados do cérebro. 
Lembro-me de ter pintado a cara Rainha Má da Branca de Neve de roxo. Não sei se usei a lógica e/ou a criatividade: apenas não gostava muito do roxo e a Rainha Má, transformada naquela velhota de verruga no nariz, arrepiava-me um pouquinho, por isso resolvi pintá-la toda de roxo. Depois irritei-me porque o desenho ficou horrível e arrumei o livro. 

Concluindo: não importa entender os efeitos da arteterapia e antisstress, importa que entretém e é bonito, apela ao lado artístico que todos temos, principalmente aqueles que não sabem desenhar, pois pintar é fácil, não é? Não, não é!

No canal Magia da Cor (entre muitos outros, mas se começar a seguir todos não faço outra coisa!) são feitas recensões a alguns livros: Johanna Basford, Leila Duly e Teresa Goodridge. Eu confesso que gosto de alguns desenhos, mas não consigo escolher um único livro, porque gosto de desenhos de vários livros, mas de nenhum em especial. Existem com certeza muitos sites com desenhos disponíveis como o The Guardian, que mantém uma página (clicar aqui) disponível desde 2013 com 5 desenhos para download do Secret Garden. Eu escolhi a coruja (2), embora não seja um dos meus preferidos, mas costuma aparecer muito nos tutoriais do YouTube, e um fundo floral (3) porque é o usado no Magia da Cor para fazer o 'efeito de vitral'. Fiz o download e imprimi em cartolina branca A4 - não será o melhor tipo de papel, mas era o possível na reprografia, e não fiz em A3 porque assim posso guardar com mais facilidade, embora os desenhos tenham ficado pequenos. 


Nota: Mais links para downloads gratuitos da Johanna Basford aqui

Passados cinco anos desde a minha compra, fui à Fnac ver o que estava disponível: nove livros, em inglês e português, entre os €10 a 20 euros; e à Wook: trinta de três livros, em inglês e português (mais treze em francês e espanhol), entre os €15 e os €20. Encontrei um que não é bem deste estilo, mas que combina com o título deste blog e que pode agradar a alguém: Diário de Colorir para Quem Não Consegue Dormir de Sarah Jane Arnold. Editora Nascente, 2017 (€13.29).

Saturday, September 05, 2020

Loja: Ponto das Artes - o que me esqueci de comprar!

Passaram-se três longos meses, mas a vontade de fazer aguadas desajeitadas continua! Tenho todo o meu material de pintura e de desenho guardado numa caixa, exceto os lápis e os pincéis, para os quais devia arranjar estojos, uma vez que não os uso com tanta frequência que se justifique tê-los ao pó, mas ficam muito bem a colorir e a decorar as minhas estantes. Passaram-se três longos meses? Voaram três longos meses durante os quais, depois de concluir que era impossível entrar num avião, decidi ficar por casa, no que me está mais próximo. Se a pandemia nos tem de ensinar alguma coisa, que nos ensine a descobrir a beleza dos pequenos lugares que nos estão próximos. 

Aproveitei uma ida à baixa para voltar ao Ponto das Artes, pois tinha-me falhado um pormenor muito importante: precisava de fixador para os desenhos a carvão. Optei por comprar o Spray Fixativo Academy Ghiant que serve para tudo, por €5.47 em vez de um mais caro e específico. Aproveitei também para comprar um bloco Canson XL Aquarelle 300g A5 de 20 folhas, por €4.68. É igual ao A4 de 30 folhas que já tenho guardado. Tenho muita esperança que consiga fazer umas pinturas bonitinhas e, caso queira guardar algumas, convém ter um bom bloco para as fazer. Queria também uma caneta à prova de água, pois tenho em mente fazer umas ilustrações. Comprei um Marcador Pigma Micron Sakura Ponta 0.25mm Preta por €1.44. Foi um pouco à sorte. Num dos seus vídeos, a Mika Serur recomenda uma ponta mais grossa para os contornos exteriores e uma ponta mais fina para os contornos interiores. De facto é uma boa dica, porque faz um efeito muito natural, mas como eu não tinha pensado bem neste assunto ainda, acabei por aproveitar a viagem e comprar só esta. É no que dá evitar muitas deslocações. 

Passei ainda numa Flying Tiger e comprei um godé redondo em forma de flor muito bonitinho que tenho visto em vários vídeos. O indicado é de porcelana, mas eu comprei de plástico. Não sei se vai manchar muito - o meu pequeno godé já está bastante manchado - mas por €1 não se pode pedir mais!

Por fim, com a minha saca de compras enfiada no braço, fui ao Starbucks mais próximo. Há algo de mágico que nos acontece quando se tem enfiada no braço uma saca com produtos de arte. Toleramos a cotovelada o transeunte que não se afastou e decidimos dar uma oportunidade a quem nos desiludiu. Neste caso, ao café que nos desiludiu.
Durante anos fui ávida consumidora do Starbucks, principalmente em Atenas, ao lado da igreja Evangelismos Theotokou na Mitropoleos (agora um pouco mais abaixo, na Mitropoleos com a Aiolou), ou um de serviço que havia perto da Akadimias, que acabou incendiado nas manifestações de 2010 ou 2012, onde eu comprava o meu café antes de apanhar o autocarro para a faculdade.
De todos os Starbucks por onde passei, o da minha cidade natal tinha de ter o café mais horrível. Como é que são capazes de me fazer uma desfeita destas? Como? Pedi um frapuccino tall mocca (cobram mais €0.30? Really?) e, porque estava com fome, pedi uma fatia de bolo de limão que estava a olhar para mim, molhadinho, com cobertura de açúcar branco como nas cavacas de Resende que eu gosto muito... Como é que são capazes de me fazer uma desfeita destas? Como?

Nota da contabilidade: Nestas compras, gastei €15.62! Total de €!